sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A Rainha Santa

Isabel tinha 12 anos quando se casou com D. Dinis. De personalidade rara, era inteligente, devota e caridosa (além de bela) e cobiçada por várias cortes europeias para uma aliança de casamento. Os interesses políticos fizeram com que viesse parar a Portugal, em 1282. Não foi submissa nem se alheou dos problemas do reino. Revelou-se firme na defesa dos pobres, dos doentes e dos excluídos e por diversas vezes enfrentou o rei D. Dinis com grande coragem, tendo um papel determinante em momentos políticos decisivos na Península Ibérica. De tal maneira que o rei a desterrou para Alenquer para evitar a sua influência. Mesmo assim, usou os conhecimentos e laços familiares para conseguir a paz entre D. Dinis e o filho D. Afonso – futuro D. Afonso IV – durante a guerra que os opôs.

É mais conhecida pelas curas e pelos milagres que alegadamente realizou. Quem nunca ouviu a história do milagre das rosas? Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, passam este ano 500 anos, e mais tarde canonizada (graças ao grande empenho da dinastia filipina) pelo Papa Bento XIV. Mas , na verdade, Isabel sempre foi Santa na memória do povo.

É a historia desta Rainha Santa, figura enigmática ao redor de quem se construíram muitas lendas e sobre quem na realidade pouco se sabe, que Isabel Machado nos traz, baseando-se numa pesquisa exaustiva de onde se destacam factos como os seus profundos conhecimentos de medicina.



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