As noites de humor estão de volta ao Auditório do Casino Estoril com a estreia da peça “O Meu Vizinho é Judeu” no próximo dia 25 de Novembro, pelas 21h30. Bruno Nogueira e Miguel Guilherme são os protagonistas desta comédia que promete divertir o público até ao seu epílogo.
Num prédio, vivem vários casais sem filhos, algumas pessoas sós, poucas famílias, uns entram pelas Escadas A e outros pelas Escadas B. A ignorância encontra a curiosidade, quando um vizinho ingénuo, atordoado pela obsessão da sua mulher pelo povo Judeu, interpela o vizinho de baixo questionando a sua identidade.
Bruno Nogueira interpreta um homem sob a influencia do poder invisível das mulheres. Desesperadamente, procura satisfazer a sua mulher trazendo-lhe respostas curtas para perguntas demasiado grandes. Por sua vez, Miguel Guilherme carrega a nota biográfica do autor, um judeu ateu massacrado pelos preconceitos daqueles que vêm na diferença o perigo e a ameaça.
Com muito humor abrem-se as portas à discussão sobre questões sérias, e as personagens riem-se, também elas, mascarando a dor, do desencontro e das pequenas contradições que as tornam mais humanas.
Jean-Claube Grumberg, alfaiate, actor e escritor francês, é autor de cerca de 50 obras dramatúrgicas, argumentista dos realizadores François Truffaut e Costa-Gravas, e premiado por diversas vezes com o Prix Moliére, Grand Prix da Academie Française, entre outros.
Ciclicamente, voltam os tempos de crise de ideais e de valores propícios ao ressurgir do conflito “nós e os outros”, despertando o impulso primário e reactivo a situações alimentadas pelo medo e a ansiedade. O autor, desconstrói o preconceito com um humor caustico, surpreendendo o espectador com um volte face tão absurdo quanto a realidade actual.
Em “O Meu Vizinho é Judeu” encontramos dois vizinhos anónimos numa grande cidade, entre a escada e a porta da rua, e assistimos ao crescer de um conflito antigo que nos faz rir do medo sem medo, e recuperar alguma fé na humanidade.
Ficha técnica:
Texto: Jean-Claube Grumberg | Encenação: Beatriz Batarda | Tradução: Diogo Dória | Cenário: Wayne dos Santos | Figurinos: José António Tenente | Desenho de Luz: Nuno Meira | Sonoplastia: Sérgio Milhano | Produção: Força de Produção
Interpretação: Bruno Nogueira e Miguel Guilherme.
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