quinta-feira, 5 de março de 2015

"1974. Depois da revolução de Abril, num golpe militar com o apoio de Moscovo, os comunistas conquistam o poder em Portugal" uma história de Filipe Verde

Filipe Verde, na sua primeira incursão pelo romance, traz-nos um livro verdadeiramente surpreendente: um retracto de um regime fictício, mas que há quatro décadas esteve perto de despontar em Portugal.

Depois da revolução de 1974, os comunistas conquistam o poder em Portugal, com um golpe militar apoiado por Moscovo, e o País fica completamente isolado do exterior e com fronteiras vigiadas, tornando-se um dos últimos bastiões do comunismo no mundo, resistindo até à queda do Muro de Berlim e ao colapso da URSS. 

Esta é uma história desconcertante sobre resistência, amor e sofrimento num país cruel que atraiçoou os ideais de Abril e inquietante pela sua proximidade, porque nele se projectam alguns dos maiores receios das sociedades modernas, como o triunfo dos radicalismos e a privação das liberdades individuais. 

Este livro é um óptimo exercício para imaginarmos como seria Portugal em 1974 se, realmente esta história tivesse acontecido.



 À venda dia 6 de março.



A 28 de Setembro de 1974, ainda o povo celebrava a liberdade conquistada na revolução de Abril, um golpe militar apoiado por Moscovo, e consentido por Washington, coloca os comunistas no poder em Portugal. A propriedade privada é abolida, uma base militar soviética é construída em Sines e uma nova polícia política prende, tortura e condena ao esquecimento todos os opositores do regime. Ano após ano, cerimónias grandiosas em Lisboa e no Porto celebram com paradas militares e bandeiras vermelhas os sucessivos aniversários da revolução comunista. O País mergulha num longo período de trevas que

resistirá à queda do Muro de Berlim e ao colapso da URSS. No recanto mais Ocidental da Europa, completamente isolado do exterior e com fronteiras vigiadas, subsiste um dos últimos bastiões do comunismo no mundo. É neste ambiente opressivo que se confrontam as personalidades de dois antigos amantes. Francisco, um escritor dissidente, e Maria, uma cada vez mais importante figura da nomenclatura. Francisco paga um preço demasiado alto por afrontar o regime com um livro perigoso para o poder, Maria age à luz da fé inabalável, urgente e implacável de tudo destruir para fazer nascer um mundo novo.

Retratando um mundo, mas que há quatro décadas esteve perto de despontar em Portugal, este é um romance inquietante pela sua proximidade – e porque nele se projetam alguns dos maiores receios das sociedades modernas, como o triunfo dos radicalismos e a privação das liberdades individuais.

Sem comentários:

Enviar um comentário