Em cerimónia solene realizada no Auditório do Casino Estoril, o escritor e ensaísta Eduardo Lourenço recebeu das mãos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o galardão do primeiro Prémio Vasco Graça Moura - Cidadania Cultural, instituído pela Estoril Sol. A cerimónia culminou quando a fadista Katia Guerreiro subiu ao palco para interpretar as composições “As Quatro Operações” e “Até ao Fim”, dando voz a duas poesias de Vasco Graça Moura.
“Quando alguém atribui um prémio a Eduardo Lourenço esse é por natureza incontestável”, disse Marcelo Rebelo de Sousa que presidiu a este importante evento, que contou com a presença de Vasco e Teresa Graça Moura, filhos do homenageado.
Compareceram, ainda, numerosas personalidades de relevo da sociedade portuguesa, nomeadamente das áreas política, económica e cultural, bem como os membros do Júri que atribuiu o Prémio, instituído pela Estoril Sol, em parceria com a Editora Babel, no valor de 40 mil euros.
O Presidente da República referiu, ainda, que “se Eduardo Lourenço parece consensual e Graça Moura belicoso, talvez convenha lermos com atenção e sem preconceitos um e outro. Homens complexos, fascinantes, figuras da alta cultura, que nunca quiseram deixar de ser figuras da cidadania e que hoje homenageamos, na ausência muito presente de um e na alegria, no júbilo intenso da presença de outro”, referiu.
O Presidente do Júri, Guilherme d’Oliveira Martins, sublinhou: “Em tempos de incerteza, Eduardo Lourenço representa uma voz de esperança, que apela ao diálogo e à paz, com salvaguarda da liberdade de consciência e do sentido crítico. A sua heterodoxia mantém-se viva e actual em nome do compromisso cívico com a liberdade e uma responsabilidade solidária. A cidadania cultural que se reconhece, corresponde a um apelo permanente e insistente – só o inconformismo, a vitalidade criadora, a compreensão da História e da incerteza, a consideração da diversidade e da complexidade podem valer a pena”.
Após o momento solene da entrega do galardão, uma obra escultórica de Jorge Pé- Curto, foi Eduardo Lourenço quem, usou da palavra: “É uma excessiva honra aquela que o Prémio Vasco Graça Moura me confere, pois sou um simples ensaísta. Numa cerimónia em que foi evocado não só um amigo, mas também um grande poeta, só posso ficar sensibilizado pelo que foi, hoje, dito aqui sobre mim”.
Por sua vez, Paulo Teixeira Pinto, Presidente do Conselho de Administração da Babel, sublinhou o legado de cidadania e relevo cultural de Vasco Graça Moura, sugerindo a leitura da obra de um “nome incontornável da cultura portuguesa”. “Sou incapaz de encontrar palavras para descrever a dimensão do que Vasco Graça Moura significa para mim”, confessou.
Na abertura da cerimónia, o Presidente da Estoril Sol, Mário Assis Ferreira, referiu: “Coube-me a honra de ser anfitrião de uma cerimónia em que se consagra, de forma indelével, essa intrínseca trilogia entre Cidadania, Literatura e Cultura. Pois que, no seu baptizar, este “Prémio Vasco Graça Moura - Cidadania Cultural”, logrou sintetizar, quer na sua designação, quer na sua homenagem, quer no seu premiado, as vertentes constitutivas de uma Cidadania Plena. Cidadania Cultural, sinónimo de Cidadania Plena! Esse, o estatuto superlativo de raras Personalidades, um estatuto que transcende o acervo de direitos e deveres da comum cidadania e se eleva a essesublime patamar em que a Literatura, a Arte, a Cultura, são a fonte de uma Luz que inspira a Alma e faz pairar, intangíveis, altares alcandorados em conhecimento e sabedoria”.
“Cultura essa que tem sido, desde que em, 1987, foi assumida uma nova gestão na Estoril Sol, a tónica dominante que nos norteou. Mais do que um Casino, foi nas Artes Plásticas, nas Artes Cénicas, na Música, no Teatro, na Literatura, nos Prémios Literários, na publicação dessa revista de culto que é a Egoísta, que buscámos a sede própria de uma matriz conceptual e vocacional que é nossa, da Estoril Sol, e que abraçámos com rigor e convicção. Missão essa que nunca está cumprida, pois o desafio da Cultura é tão abrangente – e, infelizmente, tão solitário – que quanto mais avançamos neste gratificante percurso, mais distante nos parece a meta que almejámos alcançar. Por isso, este novo “Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural” é, afinal e apenas, um novo e dignificante passo rumo a esse horizonte de esperança iluminado em Cultura. Portugal merece-o e a nós compete estar à altura de merecê-lo!”, concluiu.
O Presidente da República referiu, ainda, que “se Eduardo Lourenço parece consensual e Graça Moura belicoso, talvez convenha lermos com atenção e sem preconceitos um e outro. Homens complexos, fascinantes, figuras da alta cultura, que nunca quiseram deixar de ser figuras da cidadania e que hoje homenageamos, na ausência muito presente de um e na alegria, no júbilo intenso da presença de outro”, referiu.
O Presidente do Júri, Guilherme d’Oliveira Martins, sublinhou: “Em tempos de incerteza, Eduardo Lourenço representa uma voz de esperança, que apela ao diálogo e à paz, com salvaguarda da liberdade de consciência e do sentido crítico. A sua heterodoxia mantém-se viva e actual em nome do compromisso cívico com a liberdade e uma responsabilidade solidária. A cidadania cultural que se reconhece, corresponde a um apelo permanente e insistente – só o inconformismo, a vitalidade criadora, a compreensão da História e da incerteza, a consideração da diversidade e da complexidade podem valer a pena”.
Após o momento solene da entrega do galardão, uma obra escultórica de Jorge Pé- Curto, foi Eduardo Lourenço quem, usou da palavra: “É uma excessiva honra aquela que o Prémio Vasco Graça Moura me confere, pois sou um simples ensaísta. Numa cerimónia em que foi evocado não só um amigo, mas também um grande poeta, só posso ficar sensibilizado pelo que foi, hoje, dito aqui sobre mim”.
Por sua vez, Paulo Teixeira Pinto, Presidente do Conselho de Administração da Babel, sublinhou o legado de cidadania e relevo cultural de Vasco Graça Moura, sugerindo a leitura da obra de um “nome incontornável da cultura portuguesa”. “Sou incapaz de encontrar palavras para descrever a dimensão do que Vasco Graça Moura significa para mim”, confessou.
Na abertura da cerimónia, o Presidente da Estoril Sol, Mário Assis Ferreira, referiu: “Coube-me a honra de ser anfitrião de uma cerimónia em que se consagra, de forma indelével, essa intrínseca trilogia entre Cidadania, Literatura e Cultura. Pois que, no seu baptizar, este “Prémio Vasco Graça Moura - Cidadania Cultural”, logrou sintetizar, quer na sua designação, quer na sua homenagem, quer no seu premiado, as vertentes constitutivas de uma Cidadania Plena. Cidadania Cultural, sinónimo de Cidadania Plena! Esse, o estatuto superlativo de raras Personalidades, um estatuto que transcende o acervo de direitos e deveres da comum cidadania e se eleva a essesublime patamar em que a Literatura, a Arte, a Cultura, são a fonte de uma Luz que inspira a Alma e faz pairar, intangíveis, altares alcandorados em conhecimento e sabedoria”.
“Cultura essa que tem sido, desde que em, 1987, foi assumida uma nova gestão na Estoril Sol, a tónica dominante que nos norteou. Mais do que um Casino, foi nas Artes Plásticas, nas Artes Cénicas, na Música, no Teatro, na Literatura, nos Prémios Literários, na publicação dessa revista de culto que é a Egoísta, que buscámos a sede própria de uma matriz conceptual e vocacional que é nossa, da Estoril Sol, e que abraçámos com rigor e convicção. Missão essa que nunca está cumprida, pois o desafio da Cultura é tão abrangente – e, infelizmente, tão solitário – que quanto mais avançamos neste gratificante percurso, mais distante nos parece a meta que almejámos alcançar. Por isso, este novo “Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural” é, afinal e apenas, um novo e dignificante passo rumo a esse horizonte de esperança iluminado em Cultura. Portugal merece-o e a nós compete estar à altura de merecê-lo!”, concluiu.
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