O exilio de Álvaro Cunhal na União Soviética provocou uma ruptura na história do PCP e abriu as portas para o primeiro exílio da direcção comunista em Moscovo, Praga, Bucareste, Paris e Ivanovo.
Nos anos seguintes Álvaro Cunhal autorizou a saída dos funcionários e famílias que estavam em risco de serem presos pela PIDE, companheiras e viúvas, e de dirigentes com capacidades específicas para executar no exílio tarefas de apoio à luta em Portugal.
Esta é uma realidade até agora silenciosa.
A combinação invulgar de várias circunstâncias resulta numa história nova do PCP e revela também uma nova realidade até agora desconhecida: a desagregação das famílias dos funcionários clandestinos, cujos filhos foram enviados secretamente para a União Soviética. Estes filhos da clandestinidade assumem-se hoje como os danos colaterais da luta dos seus pais. O seu exílio representou um fenómeno extremo e as suas histórias de vida surgem pela primeira vez integradas na História do PCP e do movimento comunista internacional.
Neste livro, o jornalista, historiador e professor Adelino Cunha, conta-nos através de testemunhos inéditos a história surpreendente da desagregação das famílias comunistas no exílio.
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