domingo, 29 de maio de 2016

Casino Lisboa acolhe duas exposições no âmbito do centenário da Aviação Militar

No âmbito das comemorações do centenário da Aviação Militar, o Casino Lisboa acolhe duas originais exposições que têm suscitado um expressivo interesse do público. A Galeria de Arte, localizada no amplo espaço circundante ao Arena Lounge, exibe a exposição “Aviação Militar em Portugal: Ontem e Hoje!”, enquanto a Galeria de Arte Panorâmica, no 3º piso, recebe a exposição de pintura “Aeronáutica, Nas Asas do Vento”, da autoria de António de Lemos Viana.
 
Em parceria com a Força Aérea Portuguesa, o Casino Lisboa associa-se, assim, às comemorações do centenário da Aviação Militar em Portugal. Com entrada livre, ambas as exposições estarão patentes até 3 de Julho.
 
 
Exposição “Aviação Militar em Portugal: Ontem e Hoje!”

A Galeria de Arte, situada no amplo espaço circundante ao Arena Lounge, acolhe a exposição “Aviação Militar em Portugal: Ontem e Hoje!”. Trata-se de uma exposição que reúne uma singular mostra fotográfica e duas emblemáticas aeronaves da Força Aérea Portuguesa: um modelo Tiger Moth e um Blanik.
 
 
LET-23 Super Blanik: Foi realizado, em 1988, o primeiro voo dos planadores L-23 Super Blanik. Surgiram devido ao sucesso dos seus antecessores L-13 Blanik - fabricados em 1955. A fábrica LET foi responsável pelas duas construções e pela dinamização destes exemplares pelo mundo, muitos dos quais ainda operacionais. Os planadores L-23 Super Blanik foram escolhidos pela Academia da Força Aérea dos Estados Unidos e pela Academia da Força Aérea Brasileira para treino básico de duplo-comando. A Força Aérea Portuguesa adquiriu três destas aeronaves em 1996, com o objetivo de substituir os motoplanadores Fournier RF-10. Os Super Blanik foram entregues, em março desse mesmo ano, ao Centro de Voo do Departamento de Atividades Aéreas da Academia da Força Aérea. Foram utilizados numa fase inicial de aprendizagem dos alunos-pilotos, nomeadamente na prática de descolagem e aterragem, sendo normalmente rebocados pelas aeronaves Chipmunk.
 
De Havilland DH-82 Tiger Moth: Portugal operou um total de 151 Tiger Moth, tendo a Aeronáutica Militar adquirido os primeiros em 1932 aquando da substituição dos Caudron G-3 e dos Avro-504K. Foram adquiridas várias unidades da versão DH- 82A sendo alguns desses modelos com a fuselagem em contraplacado, em vez de tela, e com um motor de 130 hp ao invés dos 120 hp originais. Em 1938, obteve-se a licença de construção, sendo construídos até 1952 nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico 91 aparelhos da versão DH-82A.
 
A Aviação Naval operou, também, os Tiger Moth, especificamente na versão DH-82A II com algumas modificações: derivas anti-vrille instaladas na traseira da fuselagem e fendas nas asas superiores para aumento de sustentação. Quando a Força Aérea procedeu à sua substituição pelos De Havilland Chipmunk, em 1956, cedeu alguns destes aparelhos a Aeroclubes nacionais, continuando a formar pilotos ao longo dos anos. O Museu do Ar possui vários exemplares, destacando-se o primeiro (matrícula 101) a ser produzido nas OGMA.
 
 
Exposição “Aeronáutica, Nas Asas do Vento”, de António de Lemos Viana 
 
A Galeria de Arte Panorâmica, situada no piso 3, exibe a exposição de Pintura “Aeronáutica, Nas Asas do Vento”, de António de Lemos Viana. Nascido, em Lisboa, em 1959, António de Lemos Viana ingressou, aos 18 anos, na Força Aérea Portuguesa onde serviu com a especialidade de operador radarista de deteção em Unidades do Sistema de Defesa Aérea e como operador do simulador de voo Alpha-Jet na Base Aérea nº11, em Beja. Enquanto fez o seu percurso na carreira militar não abandonou a pintura. Frequentou o curso de pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), tendo tido como professores Rui Mário Gonçalves e Rolando Sá Nogueira, entre outros.
 
A qualidade dos seus trabalhos cedo mereceu o apoio e estímulo das chefias e camaradas de armas, tendo desenvolvido a sua actividade de pintor e desenhador, valorizando a temática Aeronáutica. Foi convidado a pintar o exterior de aviões um trabalho em que foi precursor, numa tradição que caracteriza diversas esquadras da Força Aérea Portuguesa. Desenvolveu um vasto trabalho em diversas áreas como o desenho, a pintura a óleo, acrílico, aguarela e a aerógrafo. São exemplo deste último a pintura da fuselagem de dois aviões Alpha-Jet da Força Aérea, Esquadra de voo 301 “Jaguares” e alguns veículos como o VW “carocha”, entre outros. No entanto, é sem dúvida o trabalho a óleo sobre tela o de maior preponderância no seu percurso e aquele que privilegia.


Ambas as exposições estarão patentes ao público até 3 de Julho, de Domingo a Quinta-Feira, das 15h00 às 03h00, e às Sextas-Feiras, Sábados e vésperas de feriado, das 16h00 às 04h00, no Casino Lisboa.

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