A Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, verdadeiro monumento da
literatura universal que ainda poucos portugueses conhecem, relata a
personalidade e a vivência do seu autor (...) As peripécias porque
passou esse “pobre” português têm pouco de grandiloquência, glórias
guerreiras ou santidade exemplar. Mas têm tudo de verdade, têm tudo da
vida. Os medos, as riquezas súbitas, a astúcia, a miséria, a desgraça, a
audácia, o “safar a pele”, a inteligência, a solidariedade, e acima de
tudo, um final de vida tranquilo que permite olhar para trás sem
remorsos nem arrependimentos e transforma Fernão Mendes Pinto no
arquétipo do homem do povo da grande gesta dos Descobrimentos, da arraia
miúda, que construiu o país que somos, que foi colonialista e racista,
sensível e humilde, gloriosa e rasteira.
O homem dividido é um homem de olhos abertos perante a vida. O homem que tem capacidade para se interrogar, que se confronta com as suas fraquezas e se orgulha das coisas boas que faz. Um pouco como nós todos, não é? H.C.
O homem dividido é um homem de olhos abertos perante a vida. O homem que tem capacidade para se interrogar, que se confronta com as suas fraquezas e se orgulha das coisas boas que faz. Um pouco como nós todos, não é? H.C.
Estreia HOJE!
A não perder este magnífico espectáculo no Teatro da Trindade até 29 de Junho
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