Diogo Navarro inaugura no próximo dia 18 de Outubro, às 18 horas, na Galeria de Arte do Casino Estoril, uma exposição individual, com trabalhos nas modalidades de pintura, instalação e vídeo.
Deu a esta exposição o título de Kwela, palavra da língua dos Zulus, região do Niassa, Moçambique, onde Navarro nasceu, em 1973, termo que significa subir na vida, no tempo, ter sucesso numa tarefa, ou no regresso à terra em que nascemos e estão as nossas raízes. É o caso.
Nesta exposição, Navarro propõe-se regressar às terras de Ximavane, junto ao Índico, com sua grandeza, seus mistérios, pescadores e marinheiros, os poentes de muitas cores, a boia de sinalização que lançou ao mar ao sabor das ondas e sem destino, ou a linha do caminho-de-ferro, a caminho do interior moçambicano e em cujo comboio, recentemente, viajou com dois artistas, um realizador de cinema e outro músico.
Para ele, o retorno às raízes não está só no contacto com o mar e a natureza, dois temas fulcrais na sua obra, mas também e, acima de tudo, com as pessoas, que ali vivem e a preocupação de construir pontes de relacionamento, projecto que a Arte especialmente faculta.
Navarro conta já no seu currículo com a realização de 33 exposições individuais e a participação em mais de uma centena de colectivas, não podendo deixar de ser referido um Primeiro Prémio conquistado em 2012, em Moscovo, na exposição internacional “The Image of Russia”, uma organização da Academia de Belas Artes da Rússia e iniciativa do próprio Governo daquele País, no qual participaram 16 artistas europeus.
Navarro expôs a primeira vez na Galeria de Arte do Casino Estoril em Junho de 2005, no XVIII Salão de Primavera e em Novembro, do mesmo ano, no XIX Salão de Outono, “a colectiva dos consagrados”, tendo tido o privilégio de compartilhar a presença de nomes como, Abreu Pessegueiro, António Joaquim, António Pedro, Armanda Passos, Carlos Botelho, Carlos Lança, Gil Teixeira Lopes, Júlio Pomar, Júlio Resende, José de Guimarães, Lima Carvalho, Luís Pinto Coelho, Luís Ralha, Maluda, Manuel Cargaleiro, Manuel Taraio, Nadir Afonso, Noronha da Costa, Paulo Almeida, Paulo Ossião, Quadros Ferreira, Renée Bértholo e os estrangeiros, argentinos António Segui e Cohen Fusé, o moçambicano Roberto Chichorro, uma primeira divisão de grandes artistas contemporâneos.
Diogo Navarro pretende que esta exposição seja marcante na amostragem da actual fase dos seus trabalhos baseada na investigação, construção e desconstrução, utilizando uma grande variedade de técnicas e materiais, por outro lado, através das suas raízes, marcadamente africanas, carregar forças para novas realizações no sempre surpreendente mundo da arte.
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