Baseado numa investigação inédita,
Jogos de Poder conta a verdadeira história da crise bancária portuguesa.
Ao longo dos últimos anos, a banca portuguesa apostou tudo no setor da
construção e no imobiliário, e viveu dos negócios garantidos pelo
Estado. Com o crash de Wall Street em 2009 e os seus efeitos
devastadores numa Europa sem poder de reação, o sistema financeiro
nacional foi incapaz de enfrentar a crise anunciada. Quando o crédito se
tornou escasso e a confiança caiu a pique, no limiar da falência, os
bancos não tiveram outra solução senão serem resgatados.
O
número é impressionante: o financiamento do Banco Central Europeu aos
bancos portugueses, no valor de 50 mil milhões de euros, em 2013 é a
fonte mais significativa da sua liquidez. Sem a ajuda do Estado o que
aconteceria aos bancos? Como chegámos até aqui? O jornalista Paulo Pena
conta-nos os bastidores desta guerra de poder e como alguns dos
banqueiros que marcaram a última década, aos comandos do sistema
bancário nacional, estão agora acusados pela Justiça. Alguns caíram em
desgraça, outros lutam pela sobrevivência. Da luta pelo controlo do
Banco Comercial Português aos off-shores do Banco Privado Português, das
fintas do Banco Português de Negócios aos reguladores, à promiscuidade
entre política e negócios. Dos empréstimos ruinosos da Caixa Geral de
Depósitos a acionistas de outros bancos, aos negócios do Banco Espírito
Santo. De Lisboa a Reiquiavique, Islândia, passando por Bruxelas e
Frankfurt, este é o relato de uma crise sem fim à vista.
A nossa.
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