Estamos prestes a comemorar os 40 Anos da "Revolução dos Cravos" e, como se diz por aí... "Recordar é viver".
Então... nada melhor que este novo livro de Pedro Jorge Castro para recordar e viver... :)
Neste livro Pedro Jorge Castro conta o relato
inédito dos excessos e perseguições cometidas às famílias Espírito
Santo, Mello e Champalimaud, por terem apoiado o Estado Novo e terem
enriquecido com o regime, no livro ficamos a conhecer a descrição das
suas detenções, as contas congeladas e as suas fugas para o exílio.
É
uma viagem pelo interior da Revolução de 1974/1975, uma das páginas
mais fascinantes da História contemporânea de Portugal, que permitiu pôr
fim à ditadura, à censura e à repressão da PIDE.
Os sindicalistas que assumiram o
controlo do Banco Espírito Santo deixaram o momento registado no livro
de honra da instituição com letras maiúsculas: «AQUI ACABOU O DOMÍNIO
DOS CRIMINOSOS MONOPOLISTAS, INIMIGOS DO POVO E DA REVOLUÇÃO – 11/3/75
ÀS 14 HORAS».
Estava
prestes a entrar em acção o tenente Rosário Dias, assessor económico do
primeiro-ministro. «Tenho informações de que neste momento os
administradores do Banco Espírito Santo estão reunidos e vou lá
prendê-los», anunciou. Começou assim a vaga de prisões que atingiu as
famílias Espírito Santo, Mello e Champalimaud, transformadas em alvos do
poder revolucionário por terem apoiado o Estado Novo e por terem
enriquecido com o regime. Foi criado no país um ambiente generalizado de
ódio aos ricos. Álvaro Cunhal, líder do PCP, admitiu na altura: «Tem
que se fazer contra alguém uma revolução (…) Se é para pôr outra vez os
patrões à frente das empresas, nós dizemos não. Queremos que não haja
uma recuperação pelos Champalimaud e pelos Mello». O objectivo foi
atingido: as nacionalizações começaram a ser discretamente preparadas
nos bastidores muito antes de terem sido oficialmente decretadas; e o
gabinete de Vasco Gonçalves elaborou uma lista com 305 nomes de altos
quadros dos bancos que não podiam sair do país e ficaram com as contas
bancárias sob vigilância. A Revolução de 1974/1975 é uma das páginas
mais fascinantes da História contemporânea de Portugal: permitiu pôr fim
à ditadura, à repressão da polícia política e à censura. Mas teve um
lado controverso de excessos e perseguições. Com base em três dezenas de
entrevistas e em documentos, na maioria inéditos, conservados numa
dezena de arquivos, o jornalista Pedro Jorge Castro reconstitui neste
livro a forma como as famílias mais ricas viveram a Revolução que há 40
anos sacudiu Portugal.
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