A História de Lisboa é feita de vidas, lugares, paixões, tragédias, confrontos, conspirações. Conhecer Lisboa é também recuar no tempo e descobrir a cidade que passou pelas piores calamidades desde o terramoto de 1755, passando pela Peste Negra, até ao dilúvio que matou centenas de lisboetas - mas que sempre se ergueu.
Uns, como Calouste Gulbenkian, vieram de fora e apaixonaram-se perdidamente, outros, como o Marquês de Pombal, fizeram-na renascer das cinzas. Mas Lisboa é feita também de vilões e de heróis. Dos primeiros reza a história que matavam em série e, como Diogo Alves, que, em 1841, foi acusado de assassinar 70 pessoas, ou que burlavam os mais incautos. Já os heróis ficarão para sempre na memória dos lisboetas e Martim Moniz ou os Mártires da Pátria não são apenas topónimos desta cidade, mas, acima de tudo, heróis que deram a vida por aquilo em que acreditavam.
O amor também corre pelas ruas e vielas da capital: o conde de Vimioso perdeu-se de amores pela fadista Severa, e Sá-Carneiro apaixonou-se na amena Lisboa por uma «princesa nórdica num esquife de gelo». As «estórias» lisboetas são tantas que muitas se perderam no tempo, mas nada como recuperá-las: a tentativa do rei D. Manuel I para realizar um combate entre um rinoceronte e um elefante, ou o facto de o embaixador francês em Lisboa Jean Nicot ter sido responsável por pôr o resto do mundo a fumar, ao tornar-se o primeiro importador de tabaco no século XVI.
Estas são algumas das histórias que o jornalista Luís Ribeiro nos apresenta num livro que nos revela uma cidade única e singular que tantas vezes calcorreamos, mas da qual, por vezes, tão pouco sabemos.
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