“Príncipes do Nada” é um programa de televisão criado há 10 anos pela vontade partilhada entre Catarina Furtado, enquanto Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), e a RTP. Produzido pela Até ao Fim do Mundo, coautora do formato, este programa é dedicado ao trabalho na área do desenvolvimento nos países em vias de desenvolvimento e em Portugal.
No programa desta semana começamos no hospital de Bafatá, na Guiné-Bissau. Catarina Furtado e a sua equipa acompanham o dia a dia de uma pequena equipa médica que não mede esforços para salvar vidas em condições, muitas vezes, adversas. Este é também o regresso da equipa de Príncipes do Nada ao hospital onde, em 2010, se colocou a primeira pedra para a construção de um bloco operatório. O projeto teve como responsáveis a Cooperação Portuguesa e o Fundo das Nações Unidas para a População, contando com o contributo dos espectadores da RTP através de um donativo angariado numa emissão especial de solidariedade. Reduzir a mortalidade materna e neonatal é prioridade na Guiné-Bissau. Estima-se que, por cada 100 mil nados vivos, 900 mulheres perdem a vida. Cerca de metade dos partos não tem acompanhamento devido. O país continua, assim, a apresentar uma das piores taxas de mortalidade materna e neonatal no mundo lusófono.
De seguida, a equipa viaja até à remota vila de Adara, na costa oeste da ilha de Ataúro, em Timor-Leste. Para sobreviverem e criarem os filhos, as mulheres da vila ousaram mergulhar num território reservado aos homens: dedicaram-se à caça submarina. Margarida é a protagonista desta história que levou a equipa de Príncipes do Nadaliteralmente para dentro de água. A resiliência das mulheres timorenses mostra-nos como a luta pela igualdade de género neste país se continua a fazer todos os dias.
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