terça-feira, 15 de novembro de 2016

Casino Estoril celebra 85 anos com concerto de Mariza e exposição histórica a 23 de Novembro

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Concerto exclusivo de Mariza no Salão Preto e Prata

Convidados especiais Rui Veloso, Boss AC e Miguel Gameiro

Exposição comemorativa no átrio principal

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Inaugurado em 1931, o Casino Estoril celebra, no próximo dia 23 de Novembro, o seu 85º aniversário. O programa festivo inicia-se, às 19 horas, no átrio principal, com a inauguração da exposição “85 Anos Casino Estoril”. Em noite de Gala, a festa prossegue, às 21 horas, com um jantar dançante com a Orquestra do Hot Clube de Portugal, culminando, pelas 23 horas, com um concerto exclusivo de Mariza no Salão Preto e Prata.

Fiel à sua matriz, o Casino Estoril concebeu, assim, criteriosamente um programa comemorativo de índole cultural, no qual pontifica uma exposição histórica e um concerto único de Mariza, à qual se juntam alguns seus convidados.


Precursor de iniciativas artísticas e culturais

Recorde-se que, em 85 anos de actividade, o Casino Estoril distinguiu-se por diversas iniciativas, algumas delas precursoras, no âmbito da cultura e do espectáculo.

Sob concessão do Grupo Estoril Sol, o Casino Estoril organizou memoráveis corsos de Carnaval, bem como espectáculos de music-hall que foram casos de sucesso acolhendo, inclusive, importantes personalidades do mundo das artes, do espectáculo, do cinema, bem como da alta finança e da política internacional.


Posteriormente, o Casino Estoril acolheu diversas semanas regionais, culturais e gastronómicas, dedicadas a todas as regiões do país. Este programa estendeu-se, ainda, a países como o Brasil, Itália, Áustria, Espanha e Moçambique.

Nessa época o Casino Estoril foi visitado pelas mais distintas figuras da realeza europeia, como o Rei Humberto de Itália, os Condes de Barcelona, a Princesa Grace do Mónaco ou a Begum Aga Khan. Marcaram presença, também, verdadeiras estrelas do meio artístico como Ingrid Bergman, Debbie Reynolds, Joselito ou Margot Fonteyn.

Em 1984, a STDM, à qual preside o empresário Stanley Ho, adquiriu 40 por cento do capital da empresa. Mais tarde, a posição da STDM foi reforçada, por forma a garantir a maioria do capital, e a transferência da sua gestão para um novo Conselho de Administração. A partir de então, e segundo a sua orientação, o Casino Estoril iniciou um ciclo de profunda reestruturação, através da realização de um vasto programa de obras e da adopção de uma ambiciosa política de animação, empreendida por Mário Assis Ferreira.

O plano de obras, iniciou-se em 1987, envolvendo uma nova decoração das zonas públicas, que foi concebida por Fernando Jorge Correia, sob o signo do “preto e prata”. Procurava-se a diferença com criatividade. E o Salão Preto e Prata foi um exemplo dessa ruptura com modelos convencionais. Em coerência com esta opção, as fachadas do edifício sofreram profundas alterações de natureza estética e conceptual, obedecendo ao objectivo de dar unidade arquitectónica a todo o conjunto. No exterior, e enquadrando esta nova leitura gráfica do Casino Estoril, os jardins envolventes conheceram, também, mudanças substantivas, incluindo uma fonte cibernética.

O Casino Estoril distinguiu-se, desde então, por uma revolucionária filosofia de combinação do espectáculo e do entretenimento com o jogo, tradicional ou em slot-machines, tendo sido analisada como um verdadeiro case study, pelo pioneirismo na originalidade e na ousadia das suas propostas, seguido por outros concessionários em Portugal.

O Casino Estoril ganhou uma outra dimensão e passou a ser reconhecido como o maior Casino da Europa, visitado por milhões de pessoas, com uma apreciável percentagem de turistas estrangeiros, oriundos das mais diversas nacionalidades.

A par desta transformação física dos espaços, os espectáculos temáticos no Salão Preto e Prata constituíram um outro factor de forte atracção e de prestígio para o Casino Estoril, reforçando a sua oferta cultural, a par de grandes Galas que trouxeram a Portugal alguns dos maiores nomes internacionais do canto e da música.

Nas três últimas décadas, o Casino Estoril distinguiu-se, ainda, pelos seus concertos de dimensão internacional. Apetrechado com equipamentos da mais avançada tecnologia, o Salão Preto e Prata acolheu, ao longo dos anos, várias Galas com artistas de dimensão mundial, como é o caso de Ray Charles, Tom Jones, Shirley Bassey, B. B. King, Roberta Flack, Natalie Cole, Elba Ramalho, Liza Minnelli, Juliette Greco, Chico Buarque, George Benson, Nina Simone, Donna Summer, The Platters, Paloma San Basílio, Glenn Miler, Charles Aznavour, Dionne Warwick, Chris de Burgh, Lou Rawls, Chick Corea, Roberto Carlos, Fáfá de Belém, Caetano Veloso, Monserrat Caballet, Jerry Lee Lewis, Júlio Iglésias, Isabel Pantoja, Bryan Ferry, Bobby McFerrin, “Rithm of the Dance”, Tony Bennett, Gal Costa, Gilbert O´Sullivan, Simone, Lionel Richie, Woody Allen, Michael Bolton, Ute Lemper, Paul Anka, Scorpions, Rod Stewart, Ivan Lins & Jane Monheit, Al Green ou, mais recentemente, Ney Matogrosso.

Os espectáculos temáticos do Casino Estoril, da autoria de Júlio César, granjearam, também, um assinalável prestígio. Permanecem, ainda, na memória do público as representações de “Cabaret”, “1002 Noites”, “Showperman”, “Yellow Showmarine”, 007 Ordem para Jogar”, “Viva Mozart”, “Dali”, “Os Heróis e o Mar”, “Lisboa em Pessoa”, “Variações António”, “Tempo”, “Egoísta - O Espectáculo”, “Fruta Cores” ou “Dança com Letras”.

Por sua vez, desde 2010, o encenador Filipe La Féria estreou os espectáculos “Fado -História de um Povo”, “O Melhor de La Féria”, “A Noite das Mil Estrelas” e “O Musical da Minha Vida”, este em cena até ao próximo dia 4 de Dezembro, que conquistaram o público no Salão Preto e Prata.

A multiplicidade de polos de atracção artísticos e culturais estendeu-se aos diversos espaços do Casino Estoril como o Lounge D que acolhe espectáculos com os melhores artistas nacionais – no qual pontifica o ciclo de concertos de Verão -; o Auditório que leva à cena musicais de dimensão internacional, e a Galeria de Arte que foi pioneira na organização de semanas de artesanato e gastronomia regionais, mas também de Artes Plásticas, através da realização dos Salões de primavera para os jovens, e Salões de outono para artistas consagrados, nas modalidades de Pintura, Gravura, Desenho e Escultura. Das exposições coletivas ou individuais fazem parte nomes importantes, tais como Artur Bual, Manuel Cargaleiro, Nadir Afonso ou Paula Rego.

A promoção da Cultura é um desígnio que acompanha a Estoril Sol e por inerência os seus Casinos, cujas iniciativas se estendem, também, ao meio literário. Na área da Literatura, foram criados o prémio Literário Fernando Namora, em 1988, e Revelação Agustina Bessa-Luís, em 2008, e mais, recentemente, foi criado o Prémio Vasco Graça Moura, reservado a uma personalidade portuguesa, que se tenha notabilizado na área da Cidadania Cultural do País. A primeira personalidade distinguida foi o escritor, professor, filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço.

Lançada em 2000, a Revista “Egoísta” é uma referência do meio literário, tendo sido já reconhecida com mais de 75 prémios nacionais e internacionais na área do jornalismo, design, edição, criatividade e publicidade, o que a torna uma das publicações mais premiadas da Europa.

Por sua vez, no sector da restauração, e no sentido de complementar a excelência, da oferta do restaurante do Salão Preto e Prata, da gastronomia chinesa do Estoril Mandarim, o Casino Estoril dispõe, ainda, do Zeno Lounge e do Nobre Estoril, para além do “Buffet Clube In”, que se destina, preferencialmente, aos clientes das áreas reservadas ao Jogo.

A celebrar o seu 85º aniversário, o Casino Estoril distingue-se pelo seu papel relevante no desenvolvimento do turismo nacional, consolidando uma aposta impar na Cultura, na Arte e no Espectáculo. A promoção da Cultura é, pois, um desígnio do Casino Estoril, desde há muito, e ao qual se mantem fiel. Todos os grandes artistas portugueses passaram pelos seus palcos e fica-se surpreendido com o invulgar elenco de estrelas internacionais de primeiríssimo plano que desfilaram pelo Casino Estoril.

Recorde-se que, no quadro normativo da concessão original, o Casino Estoril comprometeu-se a “manter permanentemente um programa de atracções e de variedades qualificadas, tanto nacionais como estrangeiras”. Tem-no feito e por excesso, já que a dinâmica da Empresa e a sua profunda ligação às Artes e à Cultura vai muito mais longe do que exigiriam as suas obrigações contratuais com o Estado.

Por vocação e dever cívico, o Casino Estoril tem um compromisso sagrado com a Cultura e com as Artes.

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