Com o romance “Fredo”, um psicólogo de 28 anos, Ricardo Daniel Fonseca Mota, sagrou-se como vencedor da 8ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, por unanimidade do Júri, presidido por Guilherme D`Oliveira Martins.
O Prémio foi instituído, pela primeira vez, em 2008, pela Estoril Sol, no quadro das comemorações do cinquentenário da Empresa.
Desta vez, segundo a acta do Prémio, ao escolher “Fredo” o Júri teve em conta a natureza intrínseca de um romance “narrado na primeira pessoa numa linguagem sóbria (…) , assente num registo quase confessional” que “ acompanha a descoberta que um jovem (Adolfo Maria) vai fazendo dos silêncios e da solidão que sempre acabou por marcar os horizontes de vida e, sobretudo, as suas mágoas e tristezas “.
“Fredo” – ainda na avaliação do Júri - “é um romance de aprendizagem da experiência da relação com os outros”.
A autor, nascido em Sintra, “cresceu em Tábua e acabou de crescer em Coimbra”, como refere, vivendo actualmente no Reino Unido, onde trabalha.
Descreve a história do romance “Fredo” como sendo “ um exercício criativo, que surge após uma viagem pela solidão, um elogio às histórias acumuladas por detrás de cada rosto, uma interrogação acerca do destino”.
Ricardo Mota, com o pseudónimo Ricardo Agnes, publicou o livro de poesia In Descontinuidades (2008), bem como textos nas revistas Oficina de Poesia nº11 (2009), Via Latina nº6 (2009), Rua Larga nº25 (2009), Via Latina nº8 (2011).
É um dos fundadores do Grupo de Expressão Dramática InterDito, para o qual escreveu vários textos incluídos nas peças “Sentir Tudo de Todas as Maneiras” e “Self-Service”.
Escreveu para projectos musicais e participou em diferentes exposições artísticas individuais e colectivas.
Venceu o concurso i(M)agos – manifestações da imaginação, na categoria de escrita criativa/ poesia (2008) promovido no âmbito da Semana Cultural da Universidade de Coimbra.
“Fredo” é o seu primeiro romance.
O Júri que atribuiu o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís, integrou, além de Guilherme D`Oliveira Martins, que presidiu, em representação do CNC – Centro Nacional de Cultura; José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores; Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas; Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários; e, ainda, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.
De acordo com o Regulamento só poderiam concorrer a este Prémio Revelação autores portugueses até aos 35 anos, com um romance inédito e ”sem qualquer obra publicada no género”.
O valor do Prémio é, este ano, de 10 mil euros. A iniciativa conta, desde o primeiro momento, com o apoio da Gradiva, que assegura a edição da obra vencedora, através de um Protocolo com a Estoril Sol.
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